É bastante comum ouvirmos e falarmos que estamos estressados, que nossos dias são estressantes e que determinados ambientes são cheios de estresse. A palavra “estresse” se popularizou e está muito presente em nossas conversas e leituras, de forma geral.
O termo estresse é a tradução em português para “stress” e vem originalmente do campo da física, onde a palavra é empregada com o significado de tensão.
Na década de 1960 a palavra passou a ser utilizada em um novo contexto, em estudos de fisiologia, como o conjunto de fenômenos e reações fisiológicas dos organismos diante de agentes estressores, como temperaturas extremas, falta de comida e predadores. A partir de então, seu uso foi se propagando e popularizando, até chegarmos aos dias de hoje, em que estamos completamente familiarizados com a palavra estresse.
Porém, apesar desse uso tão corriqueiro da palavra, você sabe o que acontece com seu corpo, com seu cérebro e quais as suas reações diante do estresse (ou de agentes estressores)?
Como o estresse atua em seu corpo e em sua mente:
O estresse é uma reação fisiológica, uma resposta do nosso organismo diante de determinadas situações, que nos prepara para “lutar ou fugir”, que nos habilita a reagir de maneira imediata e nos salvar de ameaças.
Ou seja, o estresse nos permitiu sobreviver e evoluir e, em certa medida, ele pode ser saudável e positivo, nos dando a energia e a força muscular de que precisamos, por exemplo, para correr quando um objeto cai em nossa direção. O estresse libera adrenalina e, em certa medida, esse hormônio é importante e necessário.
O problema acontece quando passamos a entender tudo como uma ameaça, como um potencial perigo. Quando mesmo situações ordinárias nos deixam ansiosos e agitados e quando nosso corpo passa a liberar cortisol de forma contínua e em grandes quantidades, acarretando diversas desordens físicas, mentais e emocionais.
Em um estado de estresse crônico, com uma descarga constante de cortisol, a memória de curto prazo é prejudicada e ocorre a diminuição da massa cinzenta, camada do cérebro responsável por processar as informações que recebemos. Assim, podemos facilmente começar a esquecer de compromissos e reuniões e de conversas que tivemos, bem como onde estacionamos o nosso carro ou o que fomos fazer na cozinha.
O estresse crônico é como estar constantemente em estado de alerta, o que acaba prejudicando a saúde de diversas maneiras:
– Afeta o sistema digestório, podendo causar azia, má digestão, dores de estômago e diarreias;
– Reduz a imunidade, aumentando o aparecimento de alergias;
– Aumenta a ocorrência de bruxismo, que pode levar a dores de cabeça e alterações na mordida e arcada dentária;
– Causa dores nos ombros e costas, por causar tensão dos músculos, que buscam estar preparados para qualquer necessidade que apareça;
– Aumenta o risco de doenças cardiovasculares, por aumentar os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea
– Pode causar insônia e um extremo cansaço físico e mental
– Alterações de humor e irritabilidade
– Influencia no aumento de peso, tanto pelos hormônios liberados e fatores metabólicos correlacionados, quanto por comportamentos que podem mudar por estar em constante estresse
Outros problemas relacionados a estresse crônico são queda de cabelo, perda de libido, problemas de pele e suor excessivo.
Como já citado, o estresse se tornou um tema muito comum, sendo fácil encontrar diversos artigos na internet e em revistas sobre o assunto, abordando suas causas e sintomas.
Talvez por isso, às vezes não é dada a devida importância e atenção, pois o número de pessoas com estresse crônico vem aumentando e a síndrome de Burnout, que está relacionada ao estresse no ambiente de trabalho, também tem crescido expressivamente, sendo um problema de saúde relevante, que afeta a qualidade de vida e pode trazer prejuízos a longo prazo.
É comum habituar-se a uma rotina cada vez mais tumultuada, desempenhando diversas tarefas ao mesmo tempo, se enchendo de compromissos e buscando cada vez produzir mais e mais, sem parar para o autocuidado, para olhar para a saúde, para a alimentação e a qualidade de vida. É comum deixar para depois, até que a situação se torne muito séria ou ocorra algum incidente que obrigue a pessoa a frear.
Como é sempre melhor prevenir do que remediar, a sugestão é prestar atenção em você, em como está a sua respiração, seu corpo e a sua sensação durante o seu dia.
Nesse momento, você sente alguma tensão? Tem alguma dor ou incômodo? É comum se perder nas demandas, emendar uma tarefa em outra, fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo e esquecer-se de beber água, por exemplo. Ou pegar-se com uma dor de estômago ou enxaqueca. Recorre-se a remédios e não percebe-se a frequência da dor, o momento em que aparece, ao que está relacionada…
A prática da meditação é uma grande aliada na redução do estresse. Ao contrário do que se pode pensar, o Mindfulness pode aumentar o foco, a concentração e, consequentemente, a produtividade. Mas isso não significa que praticar Mindfulness é para você FAZER mais coisas, e sim, fazer as coisas certas no momento certo.
A prática de Mindfulness auxilia na organização do tempo, das tarefas, dos compromissos, além de promover o aprendizado da autogestão, da regulação emocional e do estado de presença, que nos ajuda a combater os diversos sintomas e prejuízos trazidos pelo estresse crônico, pela ansiedade, pela falta de autocuidado que vem como efeito colateral de uma rotina atribulada e sem espaços para viver o agora.

E é aqui que eu te faço esse convite, para a autoavaliação, para a percepção de si, da sua vida nesse momento e da sua vontade e possibilidade de abrir um espaço para cuidar da sua saúde física, mental e emocional.
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